A Via Crucis
Vinte e três de Setembro. Segundona braba! Um dos dias, senão o dia, de maior mau-humor de cumpridores de expedientes em repartições públicas. Acordo, me preparo e saio em direção ao campo de batalha — novamente a sede da prefeitura. Logo na entrada, a primeira cópia impressa referente aos avisos amedrontadores espalhados pelos extensos 17,2 mil m², da construção que compreende os atendimentos, de que o cidadão não é bem-vindo àquele local: "Desacatar funcionário público é crime, com pena de multa e bom tempo mofando atrás das grades". Ora, não há motivo para tanto terrorismo. Pelo que se entende, funcionário público é ser humano como qualquer semelhante e, desacato à pessoas é crime comum. Isso é basicamente sabido e dispensa qualquer tipo de prévia intimidação. Então, bastaria recomendar: "Não desacate o seu próximo, independentemente de qual for a sua, ou a atribuição deste". Ficar-se-ia, digamos, mais social. — Moça, vim para mais uma tentativa de protoc